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Por que um Mapa Antirracista?

O espaço por suas características e por seu funcionamento, pelo que ele oferece a alguns e recusa a outros, pela seleção de localização feita entre as atividades e entre os homens, é o resultado de uma práxis coletiva que reproduz as relações sociais, (…) o espaço evolui pelo movimento da sociedade total.”

Milton Santos

 

A necessidade de registro da ocupação e circulação da população negra no centro de São Paulo hoje, tem como matriz o reconhecimento do protagonismo do povo negro na transformação da paisagem e da vida da cidade e de resistência a seu apagamento da história econômica, social, cultural e religiosa desta região da cidade.

A geografia que nos permite propor uma cartografia da presença negra no centro de São Paulo é aquela que identifica o território como o ambiente dinâmico e flexível que carrega em suas camadas a história das relações entre diferentes atores sociais que incidem sobre a mutante identidade paulistana a partir das relações estabelecidas ao longo da história da cidade.

O movimento que impôs ao longo dessa história seguidos processos de exclusão/expulsão da população negra da residência na região central impondo deslocamentos cada vez maiores e novas rotinas de apropriação da cidade permitiu também a tessitura de novas e específicas fronteiras que nos interessam identificar visando o reconhecimento e valorização dos monumentos físicos ou simbólicos resultantes do longo processo de transformação da região central em ambiente de encontro, trabalho, lazer e resistência cultural da coletividade negra.

 

Ednéia Gonçalves, Coordenadora Executiva da Ação Educativa.

 

PROJETO “REDES DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”

 

Este mapa dialoga com o trabalho realizado pela Ação Educativa no Projeto Redes de Proteção Local dos Direitos de Crianças e Adolescentes, apoiado pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad) e pelo Itaú Social. Enfocamos de maneira particular desafios da construção e aprimoramento de ações conjuntas em uma abordagem que busca reconhecer o racismo como estruturante dos ciclos de violências para atuar em rede na prevenção, identificação, encaminhamento, apoio e atendimento às crianças, adolescentes e suas respectivas famílias.