“O que vocês sabem do local onde vocês estão trabalhando?”. Foi com essa reflexão que teve início o diálogo entre Vagner Souza, Fernanda Nascimento e os Jovens Monitores/as Culturais do CCJ – Centro Cultural da Juventude acerca da proteção à juventude. A formação específica ocorreu na Ação Educativa no início de junho.
Mais do que evidenciar suas próprias experiências, Vagner e Fernanda propuseram uma conversa franca sobre a realidade da juventude, em especial, aquela frequentadora do CCJ – Centro Cultural da Juventude, e como os/as jovens monitores/as, que fazem parte ativamente desta realidade, podem atuar de maneira propositiva e transformadora neste sentido.
Compartilhando vivências, os jovens disseram que não se veem como arte-educadores/as no espaço, que a relação do equipamento com o entorno precisa se intensificar, que existem alguns perfis de público difíceis de estabelecer diálogo, entre outros.
Os educadores e jovens monitores/as evidenciaram que para se intervir em um espaço é preciso conhecê-lo, desde o que é até em que local se situa, mesmo entender conflitos conceituais como o que é juventude e o que é a periferia. Nesse sentido, Wagner reflete que é preciso que a linguagem atinja o entorno com mais precisão.
Fernanda, corroborando com essa ideia, falou que os perfis de jovens mais “difíceis” são aqueles que, na grande maioria das vezes, precisam de acolhimento e que ouvir o que este público tem a dizer pode ajudar os jovens monitores/as a entrarem em uma relação harmoniosa.
Partindo dessa conversa, Fernanda e Wagner propuseram que os jovens monitores/as elaborassem possíveis soluções para lidar com os diferentes públicos do equipamento. Surgiram respostas como núcleos de atuação dentro do equipamento e núcleos de estudo, tanto no âmbito acadêmico como na relação com grupos e coletivos, cujo objetivo é fortalecer o arcabouço teórico e o aprimoramento da mediação.