Na terça-feira (29), uma mesa composta por representantes dos movimentos da Tunísia, Síria, Marrocos e Palestina debateram a Primavera Árabe, em evento aberto ao público. “E nossa missão é reproduzir as informações, há muitas mudanças na região”, disse Hamouda Soubhi, do Marrocos e membro do Comitê Local do FSM, na abertura do debate. Compuseram a mesa com ele, Ben Amor Romdhane, Messaoud Romdhani e Halima Juini, ativistas da Tunísia; Yousef Habache, da Palestina e Sara Ajkyakin, da Síria.
Já na quarta-feira (30), o debate foi protagonizado por representantes dos movimentos Occupy de Wall Street e Montreal, além de representantes do movimento estudantil chileno e dos Indignad@s (15M) da Espanha.
De acordo com Chico Whitaker, do GRAP, a atividade surgiu da percepção de que houve, nos últimos anos, a emergência de diversos novos movimentos, baseados na horizontalidade e presença massiva do povo nas ruas, como os movimentos Occupy dos Estados Unidos e do Canadá, os Indignad@s da Espanha e os movimentos da Primavera Árabe.
“Seria bom que o Fórum Social Mundial pudesse ser também espaço para estes movimentos, com suas alternativas e novas ações. Propomos, então, estes debates para, por um lado, nos unirmos a estes movimentos novos na reflexão e, por outro, animar o processo [do Fórum]”, explica Whitaker.
Entre os dias 29 e 31, o seminário “Novas Cartografias Democráticas: geopolítica da cidadania planetária” reuniu representantes de mais de 20 países que atuam em movimentos sociais ambientais, feministas de direitos humanos e de outros setores para debater questões da conjuntura, formas de construção de uma cidadania planetária e o projeto “Cartografias do Futuro”.
O projeto Cartografias do Futuro é uma proposta de diálogo permanente para ampliar a compreensão das dinâmicas políticas destes novos movimentos e para impulsionar a sistematização de saberes e conhecimentos produzidos por diferentes sujeitos políticos. O projeto surgiu a partir das contribuições feitas pelo GRAP no Fórum Social Temático de Porto Alegre, em 2012, e propõe como questão central para iniciar o debate a democracia. “O seminário e a participação em Túnis serão uma espécie de piloto do projeto”, afirma José Correia, também do GRAP.
Mais informações em www.grap.org.br.
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