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A Cor da Cultura: Ação Educativa realiza formação das redes de ensino do Pará, Maranhão e Rio Grande do Sul

Em parceria com o Gelédes, Instituto da Mulher Negra, a Ação Educativa vai realizar em agosto e setembro a formação de profissionais da educação das redes municipais e estaduais dos estados do Pará, Maranhão e Rio Grande do Sul pela terceira edição do projeto A Cor da Cultura. O projeto é promovido pela Fundação Roberto Marinho e visa contribuir para a implementação da LDB alterada pela lei 10.639/2003, que tornou obrigatório a história e a cultura africana e afro-brasileira em toda a educação básica (pública e privada).

 

Apoiado pela Petrobrás, MEC e SEPPIR, o projeto “A Cor da Cultura III” acontece em sinergia com os programas “Juventude Viva” (SEPPIR e SNJ) e “Mais Educação” (MEC), e tem como objetivos alcançar mais cinco estados do país, acompanhar seis estados das edições anteriores e produzir novos materiais com recortes de gênero e juventude. A estimativa é que dois mil educadores multiplicadores passem pela formação e sejam animadores da construção de planos de ação nas escolas. Nesta edição também será realizada uma formação específica para gestores e gestoras das secretarias de educação. Na bolsa contendo o kit de materiais do projeto (com vídeos, jogos e publicações), a ser entregue aos profissionais de educação e gestores,  constará o novo material da Ação Educativa, Indicadores da Qualidade na Educação – Relações Raciais na Escola.

O que é o projeto A Cor da Cultura?

Em 2013 completam-se dez anos da lei 10.639/03. Neste período, diversos projetos de pesquisa, produção de materiais e formação de professores e professoras vêm sendo desenvolvidos para efetivar a implementação deste marco legal.

Provocados por essa conquista dos movimentos sociais negros e organizações aliadas no combate ao racismo e democratização da educação, a Fundação Roberto Marinho/Canal Futura cria em 2004 o programa “A cor da cultura”. Baseado nos princípios de equidade, respeito às diferenças, pluralidade, diversidade, diálogo e trocas, tem como objetivo contribuir para a valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro. Durante os nove anos deste projeto, foram realizadas pesquisas e produzidos diversos recursos didático-pedagógicos para subsidiar o trabalho de educadoras e educadores em sala de aula, atendendo, por meio de formação e acompanhamento de professoras/es e distribuição de materiais, dez estados brasileiros.

Em sua terceira edição, o programa “A cor da cultura” irá atender diversos pólos espalhados por mais cinco estados do país, sendo eles Pará, Maranhão, Goiás, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, e tem como temas centrais educação infantil, ensino fundamental, gênero e juventude. Sobre esses temas, serão produzidos novos materiais para compor o kit distribuído nas escolas e para organizações sociais que trabalham com educação.

Para cumprir esta jornada, a Fundação Roberto Marinho/Canal Futura conta com o apoio de onze instituições formadoras com acúmulos na área de educação e relações étnico-raciais. Além da Ação Educativa e do Geledés, são elas: Associação Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Candido Mendes – ACEAA (RJ), Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – CEAP (RJ), Instituto de Juventude Contemporânea – IJC (CE), Instituto de Desenvolvimento Cultural Nova Iguaçu – INDEC (RJ), Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal do Paraná – NEAB/UFPR (PR), Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal de Uberlândia – NEAB/ UFU (MG), N’Zinga – Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte (MG), Instituto Odara (BA) e Inclusão TECX (PA).

Estas instituições foram credenciadas pelo programa para atuar na formação de educadoras e educadores em diferentes estados do país. No caso da Ação Educativa, em 2010-2011, em parceria com o Geledés – Instituto da Mulher Negra,  foi realizada a formação de redes de ensino dos estados do Amazonas e Mato Grosso.  Na formação que ocorrerá em agosto e setembro, Ação Educativa e Geledés mobilizaram uma equipe de quarenta formadoras e formadores que têm acúmulos em diferentes áreas, como etnociência, literatura, artes, história, geografia, educação física e corporal, sociologia, política educacional etc, e que estão inseridos no debate sobre as desigualdades raciais, regionais, geracionais, de gênero e sexualidade.

A primeira etapa do “A cor da cultura III” será realizada nos meses de agosto e setembro. Posteriormente, o trabalho será acompanhando a distância, com um retorno presencial agendado para o início do próximo ano.

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