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Ação Educativa renova e amplia formação de jovens monitores culturais na cidade de São Paulo

Além do Centro Cultural da Juventude, os jovens vão atuar em bibliotecas públicas e no Museu da Cidade

Neste setembro a Ação Educativa firmou convênio junto à Secretaria Municipal de Cultura para realização do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) por mais um ano, se responsabilizando pela a formação de 126 jovens que atuarão em 41 equipamentos públicos de cultura espalhados pela capital.

Até 2013 o PJMC foi realizado como uma ação exclusiva do CCJ – Centro Cultural da Juventude. A Ação participou do processo de consolidação do programa, gerindo-o como conveniada à SMC desde outubro de 2013. Em setembro de 2014, o Programa se amplia, pela primeira vez, para o Sistema Municipal de Bibliotecas, o Museu da Cidade e o Arquivo Histórico. Segundo Flávia Landgraf, gestora responsável pelo projeto, ao tomar como base a Lei nº 14.968/09, que institui e regulamenta o Programa, a Secretaria Municipal de Cultura passa a vê-lo como uma ação de Estado. Sua expansão para além do CCJ, alcançando outros equipamentos culturais vinculados, reforça a dimensão de direito que está na essência da legislação que o criou, adquirindo uma escala importante e assegurando a efetividade da ação como política pública.

“A Ação Educativa atua neste projeto tendo em vista a importância do PJMC como política para a efetivação de direitos culturais; já que se trata de um programa do poder público que fomenta a formação de jovens, especialmente aqueles que moram nas bordas da cidade periferias, para a atuação como profissionais na área da cultura”, conta.

O programa se constitui em dois módulos: um de formação teórica, geral e específica, e outro de formação prática, partindo do entendimento que ambas as formações devem estar dialeticamente relacionadas de maneira que os jovens possam ampliar seu repertório teórico e cultural e refletir de forma crítica sobre a sua prática no equipamento.

Uma visão plural e não hierarquizada da cultura

O programa de formação reconhece e afirma a existência de um circuito cultural nas regiões periféricas de São Paulo com características e proposições estéticas próprias, fortalecendo uma visão de cultura que não se coloca como descolada da realidade.

Nesse sentido, a tomada de consciência de moradores das periferias como produtores fez surgir um movimento cultural nas bordas da cidade protagonizado pelos seus próprios residentes. Ativistas tomaram para si a tarefa de construir espaços de fruição cultural em localidades onde, apesar de alguns terem populações com mais de 400 mil pessoas, não existia um equipamento cultural.

Baseada em aportes teóricos dessa linha, a formação valoriza elementos da cultura periférica buscando, em conjunto com os jovens monitores, construir uma visão crítica nos temas trabalhados, aprimorando inclusive sua atuação nos respectivos equipamentos públicos culturais.

Para mais informações, acesse o site do CCJ – Centro Cultural da Juventude.

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