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Ação Educativa se junta à organizações da sociedade civil em defesa da democracia

A Ação Educativa e outras organizações da sociedade civil compõem a frente ampla em defesa do regime democrático, por meio da campanha ONGS PELA DEMOCRACIA, que consiste em conscientizar a população brasileira sobre a importância da participação política através do voto. No primeiro turno das eleições deste ano, 32,7 milhões de pessoas deixaram de exercer seu direito de votar. Esse número representa 20,9% do eleitorado, sendo o maior número de abstenções no primeiro turno desde 1998. Nesse contexto, as organizações realizaram ações online, por meio das redes sociais, e ocuparam as ruas da capital paulista para distribuir materiais informativos sobre o processo eleitoral, além de conversar com as pessoas sobre o futuro democrático do país, incentivando-as a direcionar seus votos aos candidatos à presidência da república e governador que apresentam propostas de políticas públicas que contemplem as necessidades de toda a população.

Embora o incentivo por meio da informação e conversas sejam fundamentais para a compreensão da dimensão do que é votar em 2022, considerando o risco democrático que o país está vivendo devido a recorrentes ameaças feitas pelo atual presidente da república, Jair Bolsonaro, nossos esforços foram além disso, reconhecendo que existem outras questões que interferem diretamente no exercício desse direito.

O fator econômico impacta na capacidade de locomoção dos cidadãos, que desembolsam um valor maior para a tarifa do transporte público até o local de votação, do que para a taxa de justificativa de ausência. Pensando nisso, a campanha ONGs Pela Democracia esteve apoiando ativamente a iniciativa Passe Livre pela Democracia, que consiste em viabilizar a gratuidade do transporte público em todo território nacional por meio de solicitações da sociedade civil enviadas aos prefeitos dos municípios e governadores estaduais.

A campanha contou com ações online, pelas redes sociais, e ato na capital paulista com a presença de organizações, movimentos estudantis, de moradia e parlamentares, que se reuniram na prefeitura da cidade para manifestar apoio à liberação do passe livre no segundo turno das eleições. Juliane Cintra, Coordenadora Institucional da Ação Educativa e Diretora Nacional da Abong, realizou uma importante fala durante o evento, enfatizando a relevância do envolvimento das ONGs e movimentos sociais para garantia de participação política de toda população neste processo eleitoral.

“É fundamental que nosso prefeito não se recuse a garantir a participação política, a dialogar com movimentos sociais e organizações da sociedade civil, somos nós que construímos e asseguramos essa democracia. (…) Se o voto é um direito, mas além disso um dever, uma obrigação com o Estado, é também dever desse Estado possibilitar que nós possamos cruzar a cidade para votar no dia 30” disse Juliane.

As organizações da sociedade civil, ONGs, coletivos, movimentos sociais, institutos e fundações sem fins lucrativos, se posicionaram publicamente em defesa da democracia e dos direitos humanos apresentando uma carta de repúdio às ameaças feitas pelo atual presidente da república, e apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A carta ainda manifesta considerações e agendas políticas à candidatura, solicitando o compromisso do seu plano de governo.

“Organizações do campo de defesa de direitos humanos também estão disputando essas eleições, por entender que há um risco à nossa democracia em curso. Estamos assistindo desrespeitos constantes a nossa constituição, ao nosso direito de ocupar as ruas e expressar livremente nossa escolha (…) a gente sabe que nesse campo de perseguição são os corpos pretos, são os corpos trans, são as travestis que são abatidas nessa luta constante, mas a gente não se nega ao direito de continuar lutando”

Juliane Cintra

LEIA O MANIFESTO “ONGS PELA DEMOCRACIA” NA ÍNTEGRA

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