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Sexta Sonora: África Mãe do Leão Sistema de Som

A segunda edição do Sexta Sonora traz África Mãe do Leão, grupo independente formado na região leste de São Paulo

A banda nasceu em 2007 na Cohab Juscelino e se formou a partir da necessidade de construir e contar sua própria história. O foco é nas ações de enriquecimento social e econômico da periferia por meio de ações diretas com a promoção de eventos de expressão artística vinculados ao reggae sound system, debates e oficinas.

Nos seus dez anos de trajetória, completados em 2017, as ações do coletivo estão pautadas basicamente em uma perspectiva de contribuição com as diversas regiões do estado de São Paulo. As atividades da equipe tiveram seu início com a festa do Homem Pobre, em 2007, e atualmente se desdobram por tantas outras das quais destacamos: Operando o Sistema, apresentação realizada mensalmente; Terremoto, evento trimestral que já teve a presença de diferentes artistas de peso no reggae internacional, como Dub Judah (2015-2016), King Earthquake (2016), King Alpha (2016), Vivian Jones (2016) e Aba Shanti (2017); participações em Viradas Culturais da cidade de São Paulo (2011 e 2013); Mês de Cultura Independente quando a banda amplificou as vozes de duas estrelas originalmente jamaicanas – Johnny Osbourne (2013) e U-Brown (2014).

A perspectiva de contribuição social do trabalho da África Mãe do Leão não está pautado somente em apresentação reggae sound system. A equipe também foca suas atividades em rodas de conversa e palestras, como foi, por exemplo, os trabalhos realizados com o coletivo Terça Afro e o coletivo Francisco Morato. Nesses momentos são abortados temas como o papel do reggae para a história preta, o genocídio da juventude preta, abordagens do cotidiano que contribuem para pensarmos a sociedade que temos e a que queremos. Em paralelo, a equipe realiza a oficina Por dentro do sistema, que têm dois eixos de trabalho: um ocorre nos momentos de atividade nas unidades da Fundação Casa, quanto o reggae é apresentado a partir da tradução de suas letras; e a oficina sobre construção de caixas de som para reggae sound system, momento em que a intenção é compartilhar conhecimento sobre sistema de som e o ofício da marcenaria – atividade que tem impacto nas ações produtivas. Essa oficina já foi a realizada por meio do programa VAI (2013) e da programação A mão do povo brasileiro, coordenada pelo MASP em 2016.

Seus integrantes são Poor, Professor Dan (seletores/fundadores), acompanhados por Ualê Figura (voz) e Vint (arte). Na apresentação, contaremos com a presença de Carol Afreekana também nos vocais. Para completar a programação, teremos uma feira de economia solidária, com comes, bebes, artesanatos e vinis (Tatenu Tunes).