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As complexidades de uma macrometrópole e as ameaças à saúde nestes grandes territórios

RELATO ENCONTRO 3 – SEMINÁRIO “UM MAPA DOS DESAFIOS PARA O ESTADO DE SÃO PAULO”

O terceiro encontro do seminário “Um mapa para os desafios do estado de São Paulo”, realizado na quinta-feira, 23 de fevereiro, abordou os temas macrometrópole, saúde e sustentabilidade. A atividade é parte do projeto Inovação, desenvolvimento e resiliência nas políticas públicas em São Paulo: um mapa para os desafios entre 2020-2030, desenvolvido pelo Coletivo 660 representado pela Ação Educativa. Para quem não pôde assistir ao vivo, o encontro ficou salvo em  https://fb.watch/3_ofCNLHF2/

Em sua fala, João Sette Whitaker, graduado em Arquitetura e Urbanismo, e em Economia, Livre-Docente pela FAUUSP (2013), apresentou interpretações para o conceito de macrometrópole, considerando as questões urbanas e as especificidades das 9 regiões metropolitanas em São Paulo. João considera as quatro cidades grandes presentes a norte, sul, leste e oeste da região da grande São Paulo, uma grande e única conurbação.

O professor, que acompanha o tema desde os anos 2000, enfatizou a diversidade dos municípios no estado, e apontou a desigualdade entre eles, relembrando a discussão do encontro anterior, com Oded e Débora. “A cidade de São Paulo representa 10,4% do PIB brasileiro, tem grande centralidade política e econômica e sobre desigualdades”, aponta.

Para João, esta é uma questão que influencia imensamente a região, “como é possível observar a partir das escolhas de obras feitas em São Paulo”. Para quem se interessar em aprofundar-se nestas discussões, professor mantém um blog com diversos textos sobre urbanismo, política e habitação, o Cidades para Que(m)? .

Por sua vez, o médico patologista focado em mecanismos de adoecimento, Paulo Saldiva, patrono do Instituto Saúde e Sustentabilidade, discutiu a biologia própria das cidades, e descreveu a formação da sociedade moderna humana e o desenvolvimento do organismo humano como uma metáfora que usa para falar sobre cidades grandes, idosas, obesas e com doenças múltiplas, desde problemas autoimunes a falta de memória. Com a analogia, o pesquisador chamou atenção para o problema das desigualdades em relação a definição do bem comum nas diversas regiões da cidade.

Paulo Saldiva alertou para a recorrência de pandemias nas cidades, desde a peste bubônica até a atual pandemia do COVID19, recordando que, em geral “acabam com elevado número de mortes e imunidade de rebanho”, mas destacou também as diversas doenças que afetam as sociedades modernas decorrentes do sistema pelo qual se opera a civilização hoje, como a obesidade e as doenças de sono e mentais. O professor trata destes temas no site Instituto Saúde e Sustentabilidade.

Os demais encontros continuarão a ser exibidos na página de Facebook da Ação Educativa e acontecerão sempre às terças e quintas-feiras. O próximo será amanhã, quinta-feira, dia 25 de fevereiro das 15h às 16h30 e contará com a presença dos professores Ricardo Rodrigues e Zé Pedro de Oliveira Costa que debaterão conosco as reservas naturais e agricultura no estado de São Paulo.

Até lá!

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