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Com o tema “Olhar a prática: um exercício de reflexão”, Rede Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião (Nepso) realiza seu décimo congresso na cidade de Nazaré Paulista

Entre os dias 12 e 15 de outubro, com a coordenação da Ação Educativa e do Instituto Paulo Montenegro, ocorreu a décima edição do Congresso IBOPE UNESCO. O evento reuniu cerca de 80 pessoas, entre coordenadores de polos, professores e parceiros, para refletir sobre a sistematização das experiências educativas dos docentes que desenvolvem a metodologia NEPSO em suas escolas.

Leila Andrade, assessora do projeto Nepso pela Ação Educativa, explica que este encontro é a segunda etapa de uma formação realizada em março, que tinha como objetivo contribuir com o processo de fortalecimento de uma cultura de sistematização das práticas docentes valorizando o saber que decorre da sala de aula. “No início do ano, abordamos os aspectos da sistematização relacionados ao registro e a devolutiva. Agora, durante o congresso, discutimos as dimensões da síntese e reflexão. Procuramos demonstrar como a aprendizagem e a produção de conhecimento estão diretamente relacionadas ao compartilhamento das práticas cotidianas. Muitas iniciativas inovadoras puderam ser partilhadas a partir dos registros feitos pelos docentes de suas experiências”, comenta.

Durante os quatro dias de atividades, os presentes puderam conhecer os projetos desenvolvidos nos 14 polos, além de participar das palestras com os professores Elie Ghanen e Eduardo Caldas da Universidade de São Paulo, que trataram das aprendizagens que o Nepso pode proporcionar para a universidade e a importância de compartilhar experiências, respectivamente.

Para a professora de ensino fundamental, Elvira de Fátima Bandeira, o que chamou atenção foi a troca de experiências entre os polos. “É muito legal ver que professores de lugares tão distantes se veem diante dos mesmos desafios. Ver que a prática de outro país, a forma como aquele professor conseguiu realizar o projeto, os diferentes caminhos que ele encontrou para concluir cada etapa podem ser aplicados em minha escola.”, comenta.

Já a professora de educação infantil, Audilane Costa, que participa do projeto desde 2012, diz que a valorização profissional é um dos principais destaques do encontro. “Às vezes na sala de aula, nós desenvolvemos práticas de várias pessoas e nem ligamos para o que fazemos. São inúmeras as iniciativas que surgem do nosso cotidiano e da realidade dos nossos alunos que podem auxiliar outros professores, por exemplo. Aprender a importância de sistematizar, me faz sentir valorizada. Eu não sou a tia, apenas responsável pelos cuidados, sou uma pedagoga, capaz de pensar em estratégias e, sobretudo, produzir conhecimento.”, conclui.

Conheça o projeto Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião

Resultado da parceria entre a Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro, o Nepso é um programa realizado com escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio, em oito polos nacionais: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná e Bahia; e em mais seis países: Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Portugal. Em 2009, o programa foi certificado como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil.

A metodologia do Nepso se baseia no princípio de que a pesquisa tem grande valor pedagógico, principalmente porque permite a elaboração de projetos interdisciplinares, envolvendo estudantes e docentes; além de criar oportunidades para a escola pesquisar aspectos importantes da sua realidade e de seu entorno (leia mais sobre a proposta pedagógica e sobre metodologia do Nepso em www.nepso.net).

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