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Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe realiza reunião na Guatemala

O Comitê Diretivo do Conselho de Educação Popular da América Latina e Caribe (CEAAL), movimento que atua em rede para acompanhar processos emancipatórios de transformação educativa, social, política, cultural e econômica a partir da educação, realizou, entre os dias 15 e 17 de abril, uma reunião para refletir e debater os mandatos políticos, orgânicos, programáticos e financeiros postulados na última Assembleia, realizada em Lima, em 2012, e avaliar o primeiro ano do novo Comitê Executivo. O encontro foi realizado na Guatemala e teve a participação do coletivo local.

Os trabalhos foram iniciados com um ritual Maia, seguido de atividades de discussão e reflexão sobre a conjuntura da América Latina e Caribe, com a contribuição dos coordenadores regionais e também com uma avaliação das regiões, grupos de trabalho e do Comitê Executivo.

Foi também realizada uma importante discussão sobre a proposta de monitoramento a partir do Conselho Fiscal, feita por Yadira Rocha (fiscal) e Thais Bernardes (fiscal suplente e assessora da Ação Educativa). “A discussão foi muito rica e acredito que demos um passo importante no monitoramento e sistematização das ações do CEAAL”, afirma Thais.

A reunião se encerrou com uma atividade para se pensar o conteúdo e o itinerário até a Assembleia Intermediária, que acontecerá em maio de 2014, fortalecendo as instituições que compõem o CEAAL e promovendo maior descentralização e corresponsabilidade no Conselho.

Resistência na América Latina

A reunião do Comitê Diretivo foi encerrada com uma visita ao Acampamento La Puya, uma resistência pacífica de moradores nas cidades de San Jose Del Golfo e de San Pedro Ayampuc, que são ameaçados pelo projeto de instalação de uma mineradora na região pelas empresas Explorações Minerais de Guatemala S.A. e Serviços de Mineração Centro América S.A.

Milhares moradores se organizam para, por mais de um ano, vigiar e controlar o ingresso de máquinas das empresas na área. O controle é feito de forma pacífica, com a participação de crianças e mulheres e não houve confronto com polícia. A vigilância é feita 24 horas por dia, em esquema de turnos organizados pelos próprios moradores.

Além de conseguir parar a instalação das mineradoras na região, o grupo ganhou prêmio de direitos humanos pela forma pacífica de resistência. “Houve diversas situações em que foram provocados para agir com violência, mas os moradores reagiram cantando”, explica Thaís.

“A visita foi importantíssima. Ela traz a reflexão sobre como é possível organizar movimentos de resistência pacífica numa região tão violenta como a América Latina. Foi importante para o CEAAL, que se propõe a ser também um movimento e a dialogar com outros movimentos”, encerra Thais.

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