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Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento lança relatório “Um milhão de vozes: o futuro que queremos”

O Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDG na sua sigla em inglês) lançou relatório que coleta as perspectivas de mais de um milhão de pessoas de diversas partes do mundo que participaram da consulta global, realizada entre agosto de 2012 e abril de 2013, para discutir o processo de renovação das Metas do Milênio.

As consultas foram divididas por tema, formando 11 diálogos temáticos ao final: Desigualdades, Saúde, Governança, Educação, Crescimento e Emprego, Sustentabilidade Ambiental, Segurança Alimentar e Nutricional, Conflitos e Fragilidade, Dinâmica Populacional, Energia, e Água. A ampla participação nessas consultas, envolvendo 88 países, resultou no Relatório “Um milhão de vozes, o futuro que queremos”, disponível no site das Nações Unidas.

Com a aproximação da data limite proposta para que os países alcancem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2015, muitas reflexões têm surgido no sentido de repensar o desenvolvimento mundial.

Através das consultas globais propostas pelas Nações Unidas buscou-se construir uma oportunidade para que as múltiplas opiniões ao redor do processo sobre o pós 2015 tivessem um espaço comum de discussão e de identificação do que é considerado prioritário para as metas seguintes. A definição de uma nova agenda para o pós 2015 é uma oportunidade para identificar os desafios principais que precisam ser superados para que todas as pessoas no mundo possam viver dignamente.

Dentre as várias sugestões expressas durante as consultas, as áreas destacadas de vital importância continuam sendo educação, saúde, água e saneamento, equidade de gênero, emprego decente e meio ambiente. Além desses temas também se destacou a dinâmica demográfica como desafio para os anos futuros, que inclui os padrões de crescimento demográfico, o envelhecimento da população, a imigração e a urbanização.

Além das metas quantitativas também se expressou a necessidade de que elas sejam acompanhadas de conteúdo qualitativo, como exemplo, que não apenas se ofereça acesso universal à educação, mas que essa seja de qualidade ao longo de toda vida.

É importante destacar também que as milhares de vozes que participaram das consultas denunciam as desigualdades e a exclusão social como parte perversa da realidade de muitas pessoas no mundo, especialmente entre aqueles que vivem em zonas rurais ou bairros urbanos marginalizados, para as mulheres e meninas, pessoas com deficiências, povos indígenas, imigrantes e outras pessoas discriminadas por suas preferências religiosas, étnicas ou orientação sexual. Muitos chamados surgiram no sentido de reforçar que o mundo possui recursos e tecnologia suficientes para erradicar a pobreza e a fome, mas é preciso concentrar esforços para superar essas mazelas ainda presentes em muitos países.

O relatório apresenta a exigência feita pela população mundial que a nova agenda se sustente nos direitos humanos e nos valores universais de igualdade e justiça, que haja uma governança melhor tanto em relação aos mercados e ao crescimento inclusivo como em relação à preservação do meio ambiente e manutenção da paz.

Posto que vivemos em um mundo globalizado os desafios devem ser encarados de maneira comum por todos os países com base em mecanismos de transparência e responsabilidade buscando, assim, alcançar compromissos globais baseados em alianças efetivas para se construir um mundo melhor que valha a pena para todos e todas.

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