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Instituto Brincante e vídeo-entrevista de Antônio Nóbrega trazem aos Jovens Monitores Culturais conceitos e vivências em arte-educação

Diversidade e resgate da cultura popular entraram em cena durante a formação com os jovens do CCJ – Centro Cultural da Juventude

“A Cultura Popular está no imaginário das pessoas e mais presente no cotidiano do que elas imaginam.” Com esta reflexão, Fernando Lopes, assessor pedagógico da Ação Educativa, começou sua exposição acerca do vídeo-entrevista de Antônio Nóbrega, presente na coleção Percursos da Arte na Educação, conjunto de testemunhos sobre a memória da arte-educação no Brasil. Dentre outros temas, Fernando tratou da relação entre cultura popular e cultura erudita, quase sempre tensa, e que reflete socialmente como a cultura erudita privilegiada é em decorrência da popular. A formação específica com os jovens do CCJ – Centro Cultural da Juventude aconteceu na segunda-feira (05/01).

O assessor pediu aos jovens para dizerem o que imaginam quando pensam em cultura popular. Para deixar claro como a cultura popular e a erudita podem se relacionar, Fernando trouxe para a turma vinis de diversos grupos musicais que mesclam ambas as culturas, sendo um dos mais representativos o Quinteto Armorial, que trabalha com a musicalidade nordestina popular e com elementos eruditos da sonoridade do período medieval europeu. Um dos Jovens Monitores Culturais perguntou a respeito de um instrumento chamado rabeca, que aparece no encarte de um dos álbuns do Quinteto. A rabeca é um instrumento que exemplifica esta fusão do popular com o erudito, pois tem o som do instrumento erudito (próximo ao violino) e é popular em essência.

A cultura popular, segundo Fernando, agrega valores a serem preservados, como a ancestralidade. Dessa forma, essa reflexão que surgiu na parte da manhã foi recuperada no período da tarde. “Não é necessário olhar o passado nostalgicamente, mas entender o passado é essencial para podermos reconstruir o presente”, afirma Fernando.

À tarde, foi a vez do Instituto Brincante participar da formação com os Jovens Monitores do CCJ – Centro Cultural da Juventude, através da presença de Carla Passos, contadora de histórias, atriz e arte-educadora. Como missão, o Brincante pretende ”promover o enriquecimento humano por meio do estudo e da pesquisa da arte e da cultura brasileiras, formando e capacitando jovens, crianças, artistas e educadores e contribuindo para ampliar sua consciência cultural e social”.

Nessa toada, a cultura popular também foi levantada como um elemento a ser constantemente trabalhado e preservado, celebrando na riqueza da cultura nacional seu maior bem que é a diversidade. A formação terminou com uma dinâmica em roda e uma grande bandeira colorida sendo levantada por todos os Jovens Monitores, equipe da Ação Educativa e do Instituto Brincante.

Para saber mais:

Site Instituto Brincante

Sobre Percursos da Arte na Educação

Entrevista Antônio Nóbrega

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