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O desafio urgente para aliar preservação ambiental e o desenvolvimento da agricultura

RELATO ENCONTRO 4 – SEMINÁRIO “UM MAPA DOS DESAFIOS PARA O ESTADO DE SÃO PAULO”

Na ultima quinta-feira, 25, debatemos de reservas naturais e agricultura no estado de São Paulo, com Zé Pedro de Oliveira Costa e Ricardo Rodrigues. A quarta edição do seminário “Um mapa para os desafios do estado de São Paulo”, parte do projeto Inovação, desenvolvimento e resiliência nas políticas públicas em São Paulo: um mapa para os desafios entre 2020-2030, que está sendo desenvolvido pelo Coletivo 660 representado pela Ação Educativa. Para quem não pôde assistir ao vivo, o encontro ficou salvo em https://fb.watch/3_oex9jEXH/ e no youtube, no vídeo abaixo.

Na primeira parte do evento, o tema reservas naturais foi apresentado por Zé Pedro de Oliveira Costa. O arquiteto e ambientalista participou da criação de 180 áreas protegidas nos últimos 40 anos, o que representa uma área aproximada de 150 milhões de hectares. Estas reservas, explica Zé Pedro, são cruciais para a continuidade e sucesso de diversas atividades no estado.

Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP, Zé Pedro evidenciou o papel da humanidade na destruição ambiental e, apontando em mapas a preservação ou destruição das reservas naturais no estado de São Paulo, demonstrou o como a legislação ambiental no país, como o código florestal, teve relação com este processo. Reforçando a importância da criação e conservação das áreas protegidas para que tenhamos condições de lidar com a crise climática, o pesquisador concluiu destacando que ter áreas protegidas é tanto um interesse público quanto um interesse econômico. É possível fazer o download do mapa por ele apresentado durante o encontro no portal Infraestrutura e Meio Ambiente, do governo de São Paulo.

Em seguida, Ricardo Ribeiro Rodrigues falou sobre como a expansão agrícola paulistana é pautada no fogo, ou seja, sem planejamento agrícola ou ambiental – e as consequências desse processo em relação ao desmatamento e escolha de áreas de preservação. Ricardo é professor do Departamento de Ciências Biológicas da ESALQ/Universidade de São Paulo e orientador do programa Biologia Vegetal na pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas.

Para o professor, é importante “manter as reservas naturais onde há baixa vocação agrícola. Seria economicamente mais vantajoso, inclusive, visto que áreas como as de mata ciliar apoiam a produção agrícola por colaborar com a manutenção das águas”.

Por fim, entre as sugestões para aprimorar a relação da agricultura com a preservação ambiental, Ricardo indicou a manutenção de reservas legais dos pequenos proprietários com compensação por grandes proprietários, o que promoveria vantagens tanto ambientais quanto sociais. Para saber mais sobre o tema, conheça o Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, coordenado pelo professor.

O próximo e penúltimo encontro acontecerá na terça-feira, dia 2 de março das 15h às 16h30 e contará com a presença de Marússia Whately e Luiz Marques, que debaterão conosco os temas de mudanças climáticas, água e saneamento.

Até lá!

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