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Pingo de Fortaleza traz ritmo e Maracatu para Jovens Monitores Culturais

Abrindo a temática de arte-educação, os Jovens participaram de vivência musical e artística junto ao compositor cearense

Após uma série de formações cuja temática tratou do direito à cidade, os Jovens Monitores Culturais do CCJ – Centro Cultural da Juventude, das Bibliotecas Públicas e do Museu da Cidade e Arquivo Histórico iniciaram uma trajetória para conhecer a história da arte-educação no Brasil e as possibilidades e caminhos profissionais aos arte-educadores/as.

Para iniciar este tema, o cantor, compositor, poeta, pesquisador e músico, Pingo de Fortaleza, esteve presente para compartilhar suas experiências com os Jovens Monitores na formação realizada na segunda-feira (01/12). Pingo, além de sua atuação como músico, já trabalhou com teatro de bonecos e também foi professor de educação artística no ensino formal.

Ele aponta como fundamental a troca de conhecimento, de identidade e de tradição ancestral para a atuação em arte-educação. “Arte-educação é tudo. Tudo o que é feito com criatividade vira arte-educação”, afirma.

O compositor também trouxe um importante aspecto do campo: a pesquisa. Com quatro livros publicados, durante a formação ele contou sua experiência de arte-educação junto ao Maracatu Solar, programa de formação cultural continuada da Associação Cultural Solidariedade e Arte – SOLAR, cujo objetivo é agregar valores a essa manifestação cultural de Fortaleza.

O Maracatu Solar foi fundado em 2006 por um grupo de artistas. Como característica, trabalha com um ritmo acelerado tocado em comum com o andamento lento, além utilizar fantasias leves – ao contrário das já tradicionais do maracatu cearense. Pingo de Fortaleza se envolveu intensamente com sua criação e atua como presidente do Maracatu Solar, que estreou no Carnaval em 2007. Ele aponta que a formação no Solar se dá na prática, na própria vivência.

Retomando a história dessa manifestação cultural, Pingo conta que o maracatu, tradicionalmente, representa a coroação de uma rainha negra. Aqueles mais antigos estavam ligados à religiosidade. “Eu aprendi sobre ancestralidade”, relata, ao se referir a um de seus inúmeros aprendizados no Maracatu Solar.

Através de canções de composição própria, em que contou fatos de sua vida pessoal e profissional, e também das músicas e cortejos do Maracatu Solar, Pingo conduziu a formação repleta de ritmo, construindo a narrativa de sua trajetória como arte-educador.

Os Jovens Monitores Culturais fizeram comentários, compartilharam experiências e questionaram Pingo sobre seu trabalho artístico. Ao final, foram convidados/as a subir no palco do auditório da Galera Olido, local onde a formação ocorreu, para cantar e dançar juntos com Pingo as composições do Maracatu Solar. “Arte-educação não é algo que está fora. Está também dentro de você”, conclui o compositor.

Veja a atuação do Maracatu Solar no Carnaval de Fortaleza em 2014

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