A Ação Educativa, representada pela sua coordenadora adjunta Ednéia Gonçalves, participou do Fórum Permanente sobre Pessoas de Ascendência Africana. O encontro realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 30 de maio a 2 de junho em Nova Iorque, teve sua segunda sessão intitulada “Realizando o sonho: uma Declaração das Nações Unidas sobre a promoção, a proteção e o pleno respeito aos direitos humanos de pessoas afrodescendentes”, e contou com a participação de quase 30 organizações da sociedade civil brasileira.
O Fórum Permanente de Afrodescendentes é um órgão criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, composto por 10 membros que trabalham em conjunto com o Conselho de Direitos Humanos. O grupo procura promover a total inclusão política, econômica e social de afrodescendentes nas sociedades em que vivem e contribuir para a elaboração de uma declaração das Nações Unidas sobre a agenda.
O enfrentamento ao racismo sistêmico e a discriminação racial e a exigência de respeito total aos direitos humanos das pessoas afrodescendentes no mundo, foram os propulsores da participação da Ação Educativa no encontro. “Nós levamos como principal pauta a exigência de reparação histórica pelos prejuízos econômicos e humanitários causados pelo colonialismo e escravismo ao longo da história – assim como, a desigualdade racial, que está na base de todas as desigualdades sociais enfrentada pela população negra nos dias de hoje.” – destaca Ednéia Gonçalves.
Essa agenda internacional é uma parceria com o Projeto SETA – Sistema Educacional Transformador e Antirracista, iniciativa da Ação Educativa junto à diversas outras organizações cujo objetivo é transformar a rede pública escolar brasileira em um ecossistema de qualidade social de combate ao racismo. Os membros da sociedade civil presentes na ocasião se reuniram com a Márcia Lima, representante do Ministério da Igualdade Racial, na sede da missão permanente do Brasil na ONU, e indicaram para o Ministério pautas urgentes para o combate ao racismo e a superação das desigualdades raciais no Brasil.
O Brasil reiterou seu apoio ao avanço de uma Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos de Afrodescendentes e se voluntariou para sediar uma sessão do Fórum: “O nosso país vai sediar uma reunião desse Fórum Permanente, provavelmente ainda esse ano, e nessa reunião nós indicaremos a necessidade de contextualizar a exigência de reparação em articulação com a agenda de promoção das ações afirmativas”, conclui.