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Rodas de Conversa unem territórios de São Paulo em torno da cultura alimentar e dos saberes da resistência

Iniciativa gratuita traz cinco encontros em cozinhas populares, aldeia Guarani, terreiro de candomblé e coletivos, valorizando ancestralidades e práticas comunitárias em torno da alimentação 

A alimentação como cultura, resistência e identidade brasileira será o fio condutor das Rodas de Conversa – Projeto Cultura e Alimentação: Saberes da Resistência. A iniciativa gratuita reúne cinco encontros em diferentes territórios da cidade de São Paulo, com participação de cozinhas populares, aldeia indígena, terreiro de candomblé e coletivos de mulheres.  

Realizado pelo Movimento Brasil Popular, Ação Educativa e Programa Nacional dos Comitês de Cultura em São Paulo, o projeto tem como objetivo evidenciar os saberes territoriais e as diversidades culturais, destacando a centralidade da alimentação tanto como prática social e comunitária, quanto como direito básico. 

A programação começa em 23 de agosto, na Cozinha Popular do Pery Alto, com a roda “História da alimentação brasileira: o início de tudo”. Em setembro, os encontros passam pelo Terreiro Ilê Axé Omó Nanã e Projeto Cabaça (13/09), pela Aldeia Kalipety (14/09) e pelo coletivo Mulheres do GAU (20/09). A última roda será em 4 de outubro, na Cozinha Popular Dona Nega, com o tema “Mandioca: a rainha do Brasil”.  

Para Eleilson Leite, coordenador da área de cultura da Ação Educativa, a proposta dialoga diretamente com a luta por direitos. “Ao reunir diferentes territórios e tradições em torno da comida, estamos reafirmando que se alimentar é um ato cultural, político e de resistência. É também uma forma de valorizar as ancestralidades e garantir que o direito à alimentação saudável esteja no centro das políticas públicas e da vida cotidiana das famílias brasileiras”, explica. 

Segundo Janaina Santana, coordenadora de comunicação do Programa Nacional dos Comitês de Cultura em São Paulo, “esta será uma oportunidade riquíssima de mergulho nas diversidades culturais por meio da cultura alimentar que traz grandes conexões com saberes populares e com as ancestralidades, destacando ainda mais a pluralidade da identidade brasileira”.

Todas as rodas contarão com cobertura audiovisual para ampliar o alcance e a memória dos debates.

SERVIÇO
Rodas de Conversa – Projeto Cultura e Alimentação: Saberes da Resistência
Datas e locais:

  • 23/08 – 10h | História da alimentação brasileira: o início de tudo – Cozinha Popular do Pery Alto (Rua Gervásio Leite Rebelo – Viela do Monte – Jd. Pery Alto – SP)
  • 13/09 – 10h | Comida e sacralidade: comida de santo e resistência – Terreiro Ilê Axé Omó Nanã / Projeto Cabaça (Campus da Unifesp Zona Leste – Horta do Projeto Cabaça – SP)
  • 14/09 – 10h | A retomada das sementes de milho crioulo e o bem viver Guarani – Aldeia Kalipety (Terra Indígena Tenondé Porã – Estr. Evangelista de Souza – Cidade Luz – SP)
  • 20/09 – 10h | Da terra ao prato: o circuito do alimento – Mulheres do GAU (R. Papiro-do-Egito, 100b – Vila Jacuí – SP)
  • 04/10 – 10h | Mandioca: a rainha do Brasil – Cozinha Popular Dona Nega (Rua Raul Soares, 220 – Jardim Ivana/Rio Pequeno – SP)

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: http://bit.ly/cultura_alimentação ou na bio do Instagram @comitedecultura.sp. 

SOBRE A AÇÃO EDUCATIVA

Fundada em 1994, a Ação Educativa é uma associação civil sem fins lucrativos que atua nos campos da educação, da cultura, da juventude, da tecnologia e do meio ambiente na perspectiva dos direitos humanos.  

Para tanto, realiza atividades de formação e apoio a grupos de educadoras/es, jovens e agentes culturais. Integra campanhas e outras ações coletivas que visam à garantia desses direitos. Desenvolve pesquisas e metodologias participativas com foco na construção de políticas públicas sintonizadas com as necessidades e interesses da população. 

É sua missão a defesa de direitos educativos, culturais e das juventudes, tendo em vista a promoção da democracia, da justiça social e da sustentabilidade socioambiental no Brasil.

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