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Santos (SP) realiza lançamento público para uso de Indicadores da Qualidade na Educação Infantil e propõe autoavaliação participativa para unidades educacionais

Secretária de Educação ressalta proposta de autoavaliação como forma de avançar na melhoria da qualidade da educação ofertada nas unidades de educação infantil da cidade

Em evento realizado no último dia 16 de maio, a secretária municipal de educação de Santos (SP), Venúzia Fernandes do Nascimento, assinou o compromisso para que a cidade realize o uso assistido dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. “Nós queremos que haja realmente uma participação coletiva de todos os atores para que juntos possamos analisar o trabalho que é realizado e avançar na melhoria da qualidade e do serviço ofertado em nossas escolas”, ressaltou Venúzia.

Com o uso assistido, o projeto realizado no município pretende contribuir com a política de avaliação na educação infantil, proporcionando subsídios para o debate e a possível formulação de uma política nacional de avaliação nesta etapa educacional. “Hoje Santos dá um importante passo na adesão de uma metodologia de autoavaliação escolar que reúne indicadores educacionais qualitativos capazes de mobilizar a participação dos diferentes atores da escola”, destacou a secretária.

Os Indicadores da Qualidade na Educação compõe uma metodologia de autoavaliação escolar, a partir da discussão e da participação dos diferentes atores da escola – estudantes, professores(as), gestores(as), familiares, funcionários(as) e representantes de organizações locais, por exemplo.

Segundo a da seção de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação de Santos, Fabiana Riveiro, todas as escolas e creches da cidade já participaram da aplicação dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil em 2013. “Com as ações do ano passado, nós já começamos o trabalho com os indicadores que mostraram, por exemplo, o desafio que temos com a formação de professores”, afirmou Fabiana.

Além da assinatura, o evento contou também com a exposição da professora da Fundação Carlos Chagas e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Maria Malta Campos. Ao iniciar sua fala, Maria Malta contextualizou a iniciativa como parte de um “esforço de todo o país em caminhar na direção de uma melhor qualidade da educação para as nossas crianças de zero a cinco anos. Esta é uma experiência que adquire um significado mais amplo por estar, inclusive, subsidiando a continuidade deste trabalho de autoavaliação participativa”.

A experiência que deve acontecer em creches e escolas que aceitarem participar do uso assistido dos Indicadores será acompanhada pelo Ministério da Educação, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e pela ONG Ação Educativa.

De acordo com a coordenadora da área de educação da Ação Educativa, Denise Carreira, “os resultados da autoavaliação pertencem às unidades educacionais e devem ser utilizados para pautar a elaboração do plano de ação de cada creche ou escola”.

A partir da autoavaliação participativa, segundo Denise, as unidades educacionais serão convidadas a responder duas perguntas: quais problemas e propostas revelados a partir do uso dos Indicadores estão relacionados com as políticas públicas do município e o que pode ser feito pela gestão municipal para melhorar o trabalho das creches e escolas e ampliar o atendimento, com qualidade, à população.

Participação da família na escola

Perguntada sobre os principais desafios para a educação infantil no município, a secretária Venúzia do Nascimento destacou a necessidade de maior participação da família na escola, com o envolvimento de todos os profissionais que atuam no espaço escolar. “Atualmente, estamos com uma demanda muito grande das crianças para a educação inclusiva e a participação é fundamental para repensarmos como melhorar este atendimento e como qualificar os nossos profissionais para melhor atender a demanda que está chegando”, disse.

Complementando a fala da secretária, a chefe da seção de educação infantil, Fabiana Riveiro, apontou “o esforço da secretaria para fazer com que os familiares estejam na escola participando de uma construção coletiva e que, além disso, professores e gestores estejam de portas abertas para recebê-los”.

Fonte: Indicadores da Qualidade na Educação

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