Esta pesquisa produzida pela Ação Educativa em parceria com a Pastoral Carcerária, no marco de atuação do Grupo de Educação nas Prisões, representa uma possibilidade de contribuir com a implementação das Diretrizes Nacionais de Educação nas Prisões e com o fortalecimento da agenda de direitos humanos no sistema prisional de São Paulo.
Esses desafios enfrentam bastante resistência de setores conservadores do Estado e da sociedade, que entendem que a solução da criminalidade passa somente pelo recrudescimento da segurança pública, pelo aumento do aprisionamento e por um modelo de prisão que nega direitos e a possibilidade de “outros futuros” para a população prisional.
A educação, além de se constituir em direito humano fundamental de qualquer pessoa, representa a aposta na construção de um novo modelo prisional (que supere um quadro caótico, violador de direitos e marcado por condições indignas, presente na realidade penitenciária brasileira). Um novo modelo sintonizado com os desafios de uma sociedade democrática comprometida com a afirmação de direitos da população carcerária.
Esperamos que os resultados desta pesquisa contribuam para explicitar a necessidade urgente de grandes investimentos em uma política de educação de jovens e adultos nas unidades prisionais de São Paulo que responda à grande demanda educacional da população encarcerada e subsidiem ações e reflexões em outros estados brasileiros em prol do direito humano à educação de homens e mulheres em espaços de privação de liberdade.