Em 2011, completam-se dez anos desde a primeira edição do Inaf, sendo esta uma oportunidade para refletir sobre os avanços ocorridos e as demandas que ainda persistem no que se refere ao desenvolvimento dos níveis de alfabetismo no Brasil.
Avaliações em larga escala do desempenho escolar como a Prova Brasil, o ENEM e outros de âmbito estadual e municipal vêm alimentando o debate público sobre a qualidade dos sistemas de ensino. Muitas iniciativas, em âmbito governamental e não-governamental, têm sido postas em marcha para transformar o direito de acesso à escola no efetivo direito a aprender, na escola e ao longo de toda a vida.
Para além dos dados educacionais, o descompasso entre a oferta e a demanda de postos de trabalho qualificados e as dificuldades para alavancar a produtividade e a competitividade do produto brasileiro num mercado global reconfirmam a necessidade de priorizar a educação como projeto de nação e direito do cidadão.
O Inaf Brasil, ao retratar os níveis de alfabetismo da população brasileira adulta, traz dados inéditos e complementares que evidenciam a necessidade de implementar e fortalecer estratégias que combinem as políticas públicas e iniciativas da sociedade civil que assegurem a incorporação de crescentes parcelas de brasileiros à cultura letrada, à sociedade da informação, à participação social e política e ao leque de oportunidades de trabalho digno, responsável e criativo.