A pesquisa analisa como as cinco maiores empresas de venda de sistemas privados de ensino – Abril Educação, Objetivo, Pearson, Positivo, e Santillana – tem ampliado sua atuação junto a municípios brasileiros na venda de pacotes de serviços e materiais, transformando, em muitos casos, matrículas das redes públicas em ativos nas bolsas de valores.
O relatório aponta que “a municipalização abrupta e mal planejada do ensino fundamental nas últimas duas décadas (…) explicitou a precariedade de muitas das administrações locais, gerando um promissor mercado para assessorias privadas nos campos pedagógico e de gestão”.
O texto prossegue notando que essa situação estimula uma “proliferação da lógica privada na educação pública e a incidência dos atores empresariais na gestão da política educacional”, o que se dá “em detrimento dos mecanismos de participação democrática e do fortalecimento de atores comprometidos com a estruturação de sistemas públicos de educação”.